Desde 2013 a Escola Municipal de Educação Básica “Professora Annita Magrini Guedes” passou por transformações na sua estrutura física, propostas não pela Prefeitura mas Pela Associação de Pais e por reestruturação de sua pratica pedagógica. Tais modificações visaram adequar, tanto o prédio quanto as estratégias de ensino, a uma realidade que considerasse a possibilidade do desenvolvimento de aulas mais práticas e contextualizadas, sem abrir mão dos objetivos e conteúdos previstos nas legislações educacionais. Os espaços externos às salas de aula foram construídos e pensados para funcionarem como laboratório / ferramenta no desenvolvimento das aulas, possibilitando uma transversalidade de temas nas áreas e ou disciplinas já existentes. Tais modificações, físicas e estruturais, se deram no sentido de buscar uma adequação do prédio escolar aos conceitos de sustentabilidade ambiental. Num mundo em que os recursos naturais estão cada vez mais escassos e o meio ambiente sofre processos de degradação, a sustentabilidade nas escolas é de extrema importância, tornando-se um tema altamente contextualizado, sendo reconhecido pelo MEC como importante tema transversal a ser implantado e desenvolvido pelas escolas. Os alunos de hoje serão os responsáveis pelas ações econômicas, políticas e administrativas do futuro. Logo, é importante que estes conheçam a necessidade de preservar o meio ambiente e de usar os recursos naturais de forma racional, no entanto, nosso trabalho e consequentemente nosso produto, a aprendizagem, não pode estar somente postado no futuro é preciso ir além das expectativas quanto às possibilidades de uma educação transformadora da realidade futura. A dimensão social dessa situação requer ações de enfrentamento para o tempo presente, junto aos usuários contemporâneos desses recursos naturais. Isso significa desenvolver o esforço de contribuir imediatamente para a aquisição do repertório da cultura da sustentabilidade. Sendo assim, a proposta e estratégia deste trabalho foi de tornar os 500 alunos protagonistas das ações na escola e nas suas casas , consequentemente no bairro e adjacências. Troca de torneiras com temporizador, que efetivamente economizavam agua mas não educavam para o não desperdício, por torneiras tradicionais, comuns em todos os lares, educando nossos alunos quanto a responsabilidade pelo fechamento e uso correto, a responsabilidade não era de um equipamento que se fecharia sozinho e sim dos usuários.

A construção de cisternas com captação de mais de 3.000 litros de agua, a construção de um lago de carpas e um sistema de aquaponia, onde os canteiros são regados com a agua do lago que retorna ao lago em um sistema fechado de irrigação, culminando com uma redução de aproximadamente 27% no consumo (anexo 5) em um ano e com o recebimento de um premio por isso em evento com participação de grandes empresas como Toyota (primeiro lugar na categoria grandes empresas) Mercedez Bens entre outros.

Nosso projeto envolveu o tratamento de resíduos, construção de hortas, recolhimento de óleo de cozinha usado, minhocarios, composteiras, tudo isso em uma estreita ligação com o cotidiano da sala de aula, tornando a aprendizagem significativa, contextualizada e com relevância social.