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DETALHES DO PROJETO

História do Controle e Uso da Água em Ouro Preto (MG) nos Séculos XVIII e XIX
Finalista/Vencedor:Finalista   Status:Em andamento    Permanente:Sim    Ano de Início:2003    Conclusão:
Responsável: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Telefone: (31) 3559-1496
E-mail: albertof@em.ufop.br
Edição: Prêmio ANA 2012
Categoria: Água e Patrimônio Cultural
Cidade/UF: Ouro Preto/MG
Abrangência: Local

Objetivo:
O objetivo principal do projeto é entender a história da cidade de Ouro Preto (MG) através de um dos seus mais relevantes aspectos ambientais: os recursos hídricos. O projeto também visa identificar e contextualizar o valor histórico e cultural das obras hidráulicas e sanitárias dos séculos XVIII e XIX.
Público-alvo:
Tomadores de decisão dos setores de recursos hídricos, saneamento, patrimônio histórico, população de Ouro Preto, turistas, museólogos, pesquisadores, professores, público em geral.
Ações Desenvolvidas:
O projeto envolveu revisões bibliográficas, pesquisas documentais, entrevistas semi-estruturadas e inspeções de campo. Foram consultados diversos manuscritos do Arquivo Público Mineiro (principalmente os pertencentes aos Fundos da Câmara Municipal de Ouro Preto e da Secretaria de Governo) e da Câmara Municipal de Ouro Preto, os relatos de estrangeiros (Eschwege, Burton, Saint Hilaire, etc.) e uma vasta e fragmentada literatura do âmbito da engenharia sanitária, da saúde pública, dos recursos hídricos e da história econômica e social. As obras hidro-sanitárias da cidade foram mapeadas, fotografadas e inventariadas.
Resultados:
O projeto constatou que o gerenciamento de recursos hídricos no Brasil não é um fenômeno recente, que surgiu ao longo do século XX, mas sim um processo que foi inerente à colonização portuguesa, variando conforme as conjunturas sociais, políticas, econômicas e ambientais. Foi revelada, por exemplo, a existência de um sistema de “outorga” de uso de recursos hídricos já na década de 1720. O projeto identificou dezenas chafarizes históricos (alguns destes desconhecidos pelo poder público) e esclareceu importantes questões relativas à implementação de obras hidráulicas e sanitárias na cidade. O inventário de chafarizes do projeto é o maior, mais completo e confiável da história da cidade. Outro destaque do projeto foi a descrição e contextualização do surgimento da primeira Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Minas Gerais em 1891: os Tanques de Desinfecção da Barra.  Constatou-se que muito da cultura colonial de gestão das águas de abastecimento ainda se faz presente hoje em Ouro Preto. O Projeto tem balizado ações de tombamento e recuperação de obras hidro-sanitárias, com especial destaque para a centenária ETE que, com base nos dados do projeto, foi tombada pelo poder público municipal. As informações do projeto foram divulgadas através de três (3) artigos científicos, uma (1) dissertação de mestrado e diversos artigos jornalísticos.
Principais Números:
Os resultados do projeto têm beneficiado a comunidade científica brasileira e os
moradores e turistas de Ouro Preto. As audiências científicas mais beneficiadas foram aquelas da Revista Brasileira de Recursos Hídricos e do periódico História, Ciências, Saúde-Manguinhos, onde foram publicados os resultados do projeto. Os moradores e turistas de Ouro Preto, porém, têm sido os maiores beneficiados, tendo em vista que o projeto está contribuindo para a preservação da história da água na cidade e de seus monumentos hidráulicos e sanitários. Considerando que Ouro Preto constituiu uma das mais visitadas Cidades Patrimônio Cultural da Humanidade, pode-se dizer que os desdobramentos do projeto estão, na verdade, beneficiando dezenas de milhares de turistas que visitam anualmente a cidade.
Contribuição do Prêmio:
O prêmio ANA tem ajudado a reverberar o valor do projeto, incentivando ainda mais o poder público a preservar e valorizar seus monumentos hidráulicos e sanitários em Ouro Preto. O prêmio ANA, ao divulgar o projeto, está informando a população de Ouro Preto sobre a importância da água na história da cidade. As discussões do Museu da Água na cidade foram intensificadas, sobremaneira, depois da notícia da premiação.
Corpos Hídricos:
Bacias do Rio das Velhas e do Rio Doce.
Região Hidrográfica: Região Hidrográfica do São Francisco e Região Hidrográfica Atlântico Sudeste
Outros Prêmios:

Fotos