Finalista/Vencedor:Finalista
Status:Em andamento
Permanente:Sim
Ano de Início:2006
Conclusão:
Responsável: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) / Centro Acadêmico do Agreste
Telefone: (81) 2126-8228 / 2126-7771
E-mail: savia@ufpe.br / sylvana@ufpe.br
Edição: Prêmio ANA 2012
Categoria: Pesquisa e Inovação Tecnológica
Cidade/UF: Caruaru/UF
Abrangência: Regional
Objetivo: Avaliar o desempenho do dispositivo de desvio das primeiras águas de chuva aplicado a cisternas no Semiárido pernambucano.
Público-alvo: Comunidades que fazem uso de água de chuva para consumo humano, programas de governo que instalam cisternas nas diversas regiões do Brasil e empresas fornecedoras de tubos de PVC.
Ações Desenvolvidas: • Monitoramento da qualidade da água armazenada em cisternas, com e sem dispositivo de desvio automático, durante ciclos consecutivos de chuvas e estiagens;
• Estudo da influência da intensidade pluviométrica na determinação do volume de água a ser descartado através do dispositivo automático de desvio das primeiras águas de chuva, necessário para limpeza de impurezas da atmosfera e do sistema de captação;
• Verificação da eficiência do dispositivo de desvio automático em reter impurezas ao longo do percurso da água em um sistema de captação (teto-ductos-desvio-cisterna);
• Instalação do dispositivo em comunidades rurais de Pernambuco com verificação da eficiência, coleta de dados e depoimentos.
Resultados: O projeto foi desenvolvido no Campus de Caruaru da Universidade Federal de Pernambuco com financiamento do CNPq e da Finep. Foi desenvolvido um dispositivo simples, que desvia automaticamente as primeiras águas de cada evento de precipitação e protege a qualidade da água armazenada em cisternas e consumida por milhões de brasileiros.
O projeto desenvolvido pode levar saúde e benefícios econômicos a milhões de brasileiros, quando se considera que no Semiárido brasileiro o governo federal pretende instalar 1,5 milhões de cisternas. Quanto menores forem as ocorrências de diarreia nessas famílias que consomem água de chuva armazenada em cisternas, melhores serão as condições de saúde e trabalho desta parte da população.
Adicionalmente, se incorpora às cisternas um dispositivo tecnológico muito simples, confeccionado em material disponível em qualquer região do PaÍs (tubos de PVC), que automaticamente desvia as águas de chuva, independente do horário em que se inicie o evento de precipitação. Um dispositivo estanque, automático, que protege sanitariamente as cisternas e pode levar saúde a essa população.
Principais Números: O dispositivo desenvolvido no âmbito desta pesquisa é bastante simples, foi confeccionado em tubos de PVC, com custo total de R$ 180,00, e faz esse descarte de forma automática, permitindo que os moradores se isentem da preocupação de levantar, muitas vezes de madrugada, para desviar as águas que levariam impurezas às cisternas. O dispositivo desenvolvido no presente projeto foi capaz de reduzir em 67%, 63%, 94% e 100%, respectivamente a cor, a turbidez e os coliformes termotolerantes e E. Coli que seriam encaminhados à cisterna.
O dispositivo foi desenvolvido no campus de Caruaru da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ajuda a Universidade a cumprir seu papel de contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Os resultados do projeto foram exibidos no Jornal Nacional em 3 de novembro de 2011. Nesta reportagem, em seu depoimento, a Sra. Maria, beneficiada pelo projeto, revela que depois que a UFPE instalou o dispositivo de desvio na sua residência, a família não sofreu mais com “dor de barriga”. Esse depoimento mostra como um dispositivo simples e barato, pode beneficiar milhares de brasileiros, levando saúde às famílias que consomem água de chuva armazenada em cisternas. Os pesquisadores, autores desse projeto, têm a esperança de que essa tecnologia seja incorporada às novas cisternas que serão instaladas no âmbito de programas de governo, como 1 Milhão de Cisternas, Água para Todos e Brasil sem Miséria.
Contribuição do Prêmio: A equipe de pesquisadores acredita que o Prêmio ANA é mais uma forma de tornar o projeto conhecido e de disseminar sua relevância, com o foco na absorção da tecnologia pelos agentes interessados. No Brasil, ainda existe uma certa distância entre as universidades e o setor produtivo, capaz de absorver as tecnologias desenvolvidas. Esperamos que a premiação contribua para a disseminação da técnica e o aproveitamento pelo setor produtivo. Espera-se que o objetivo final de contribuir para melhoria da qualidade de vida das comunidades que consomem água de chuva seja atingido e acelerado por meio da divulgação realizada pelo Prêmio ANA.
Corpos Hídricos: Bacias dos rios Ipojuca e Capibaribe.
Região Hidrográfica: Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental