Foi inicialmente sintetizado in vitro o gene que codifica uma poderosa fitoquelatina, proteína capaz de ligar-se eficientemente a numerosos metais. Por meio de técnicas de engenharia genética, este gene foi clonado na bactéria não patogênica Cupriavidus metallidurans CH34, de modo que a bactéria produzisse a fitoquelatina e a mantivesse ancorada na superfície celular, possibilitando-lhe adsorver os íons metálicos presentes no meio.

O projeto foi desenvolvido utilizando técnicas de biologia molecular e físico-químicas, tais como: manipulação de DNA (Sambrook; Russell, 2001); preparo de células eletrocompetentes (Taghavi et al. 1994; Sambrook; Russell, 2001); construção in vitro do gene sintético da fitoquelatina EC20sp sem o códon de terminação de síntese protéica (Bae et al., 2000); SDS-PAGE para análises de expressão da proteína de fusão (Studier, 1973); Western-blotting para a localização da proteína recombinante nas diferentes frações da célula (Veiga et al., 1999); espectrofotometria de emissão atômica (ICP-AES) e espectrometria de massas de alta resolução com fonte de plasma indutivamente ativado (ICP-MS) para a determinação do acúmulo de metal pelas linhagens bacterianas (Hernández et al.,1998), citometria de fluxo (Citômetro Beckman Coulter Cytomics FC500MPL) para a quantificação da expressão da proteína EGFP sob o comando dos promotores plac e pan e Microscopia Eletrônica de Transmissão (LEO 906E) para observação dos cortes histológicos das diferentes linhagens.