Com unidades produtivas em mais de 40 países e presença comercial em aproximadamente 140 países, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) é um dos maiores grupos automotivos do mundo. A empresa chegou ao Brasil na década de 1970, apostando no desenvolvimento regional com a implantação da Fiat Automóveis, na cidade de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. Em 2014, a Fiat se uniu à Chrysler, ampliando sua atuação e trazendo ainda mais diversidade aos seus produtos. Além do Polo Automotivo Fiat, em Betim, a FCA possui outras duas plantas automotivas no Brasil: o Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE), e a fábrica de motores de Campo Largo, no Paraná, formando uma grande rede de desenvolvimento e produção de veículos, motores e transmissões.
A sustentabilidade sempre foi um compromisso da FCA, atuando de forma responsável e com foco na geração de valor para a sociedade. Desde 2009, o Grupo está listado no Dow Jones Sustainability World Index como uma das empresas mais sustentáveis do setor automotivo, atingindo em 2016 a pontuação de 87/100 no índice, desempenho acima da média do restante da indústria automotiva, que foi de 54/100. A FCA também apoia a transição para uma economia circular e contribui para a realização dos objetivos da iniciativa de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDGs).
Na América Latina, a empresa atua de maneira proativa na prevenção e redução dos impactos ambientais, alinhada aos princípios de sua Política Ambiental e Energética, sendo a primeira indústria automobilística do país a obter a certificação ISO 14001, em 1997. Entre as diretrizes da empresa no país está a evolução contínua dos seus Sistemas de Gestão Ambiental e Energético, sendo um dos focos principais o uso sustentável dos recursos hídricos.
O tema se mostra imprescindível para a sociedade, uma vez que a água é um elemento básico para a sobrevivência de todos os seres vivos do planeta. Atualmente, vários seguimentos da sociedade e industrias envidam esforços para proporcionar às gerações atuais e futuras mecanismos e ferramentas para conviver com o paradoxo entre o aumento da demanda e a escassez do recurso natural.
Para contribuir com uma questão tão primordial ao nosso planeta, as ações de Gestão dos Recursos Hídricos da FCA têm como objetivo reduzir o consumo de água em suas operações, aumentar a eficiência do tratamento de efluentes bem como o reuso de água, implementar ações de recuperação e utilização de água de chuva e a recuperação e preservação das nossas nascentes.
Para isso, atuamos de maneira estratégica com um forte time de Engenharia Ambiental em todas as unidades, na busca constante pela excelência e utilizando das melhores tecnologias disponíveis no mercado com o objetivo de reduzir e mitigar os impactos de nossas operações nos recursos naturais. Trata-se de um conjunto de iniciativas e processos cuja somatória dos resultados resultada em benefícios realmente relevantes em relação aos recursos hídricos, conforme pode ser visto a no arquivo completo, em anexo.
Diante das diversas iniciativas de Gestão de Recursos Hídricos da FCA, foi possível alcançar os seguintes resultados gerais em 2016:
Reuso de 99,17% dos recursos hídricos nas unidades da FCA no Brasil, o que em números totais corresponde a 177.963.136 m³ de água, o equivale a cerca de 71 mil piscinas olímpicas;
O envolvimento dos empregados gerou 223 ideias para a gestão sustentável dos recursos hídricos, o que proporcionou uma redução de 255.501 m³ no consumo de água nas unidades da empresa (102 piscinas olímpicas);
A FCA reutilizou 90.889 m³ de água da chuva, o mesmo que 36 piscinas olímpicas;
Promoveu a economia e a sustentabilidade ambiental com incentivo a novos projetos de reuso para melhor utilização dos recursos hídricos;
Promoveu capacitação e palestras de educação ambiental para os empregados, que puderam replicar as ações em suas residências.
Vivemos um desafio: como sustentar a população mundial em crescimento com recursos que não se renovam na mesma proporção? Ciente da importância da conservação dos recursos naturais para a sustentabilidade da agricultura e crescimento da produção de alimentos, a Bayer e a Integrada Cooperativa Agroindustrial trabalham juntas há dez anos, para alavancar o projeto Nossa Água, que tem como principal objetivo a recuperação da matas ciliares, dos rios e nascentes nas áreas de atuação da cooperativa.
O Nossa Água começou em 2005 com assinatura de um termo de cooperação entre a Integrada e o Governo do Paraná. Em 2006, a Bayer veio somar esforços ao projeto, e as ações foram expandidas para todas as regiões do Estado onde a Integrada está presente. A parceria não apenas trouxe benefícios para os produtores, que tiveram as suas matas ciliares recuperadas, mas também para a população por meio da recuperação e conservação dos rios, contribuindo para melhoria da qualidade da água.
A cobertura florestal original do Estado do Paraná, através do uso e ocupação do solo foi reduzida consideravelmente, colocando em risco toda biodiversidade. Por isso se faz necessárias ações de recuperação da vegetação ciliar, visto que esta tem a função de proteger os cursos d’ água, como todo ser vivo que nela pode habitar, além de ser um corredor ecológico. O projeto Nossa Água vem de encontro as necessidades que permeiam a área de ação da Integrada Cooperativa Agroindustrial, quanto à questão da vegetação ciliar e a preservação dos recursos hídricos bem como da biodiversidade neles existente. As ações realizadas pelo projeto beneficiam além de cooperados associados a Cooperativa Integrada, toda a comunidade local que possa a ter um presente de possibilidades e um futuro promissor, assim com um trabalho sério, contínuo e eficaz as ações possam surtir efeito transformador em nosso meio ambiente.
Os indicadores de avaliação são passos a serem seguidos para que haja um acompanhamento do desenvolvimento do projeto desde sua formatação, são instrumentos que permitem mensurar as modificações que ocorrerem devido a aplicação de um projeto na dimensão de melhoria contínua.
Acompanhando o planejamento proposto, os indicadores de avaliação possibilita analisar as ações e flexibilizar para mudanças conforme necessidades pontuais. Estes indicadores são flexíveis e podem surgir conforme necessidade de avaliação sobre a viabilidade do projeto:
O Programa de Conservação de Nascentes desenvolvido pela ENGIE Brasil Energia tem como principais objetivos:
• Garantir a manutenção da qualidade e da quantidade da água nas áreas de abrangência das usinas operadas pela ENGIE BRASIL ENERGIA;
• Criar uma cultura de preservação dos recursos hídricos nas regiões de atuação da Companhia, fundamentada na conscientização da população e no seu envolvimento nas ações de preservação;
• Engajar a comunidade da área de abrangência das usinas em ações de conservação ambiental;
• Contribuir para a redução do êxodo rural;
• Contribuir para a reinserção social de reeducandos do sistema prisional, criando oportunidades de qualificação e promovendo a conscientização ambiental.
• Nascentes protegidas em diferentes regiões do Brasil, assegurando mais água em quantidade e qualidade para o desenvolvimento sustentável;
• Reflorestamento das áreas de entorno das nascentes com mudas de espécies nativas de cada região;
• Engajamento comunitário em ações de conservação de recursos hídricos;
• Contribuição efetiva ao alcance do ODS 6 - Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todas e todos.
Diante dos resultados alcançados, o Projeto Água Boa (referente à iniciativa de Chopinzinho) conquistou:
A Agrosmart acredita que pode melhorar a vida das pessoas no campo ao buscar sempre um modo mais inteligente de fazer as coisas. Por isso, com o objetivo de melhorar a produtividade e otimizar o uso da água na agricultura criamos um modo de cultivo inteligente, conectando o agricultor a sua plantação. Monitoramos plantações instalando sensores no campo que medem até 14 variáveis ambientais no local para identificar o microclima e as necessidades da plantação em tempo real. Nós combinamos estes dados com imagens de satélites e previsão de tempo para gerar recomendações precisas de irrigação e ajudar os produtores a tomarem melhores decisões operacionais. Desta forma, o agricultor pode acessar um dashboard online de onde estiverem e entender o que está acontecendo na fazenda, o que deve ser feito em cada talhão e aprender baseado no histórico da lavoura.
Como consequência, ao utilizar a Agrosmart, os produtores rurais conseguem economizar até 60% de água, energia e aumentar a produtividade ao mesmo tempo.
Ao utilizar a plataforma da Agrosmart nossos produtores conseguiram economia de até 60% de água, energia e aumentaram sua produtividade. Ao seguir as recomendações geradas pelo sistema, a irrigação é feita de acordo com a necessidade da planta, e de forma otimizada. Ou seja, os gastos são minimizados e a produtividade e maximizada.
O consumo de água de sistemas de irrigação como o pivô central é enorme. Apenas 1 pivô que irriga uma área de 100 hectares consome consome cerca de 4,29 milhões de litros de água por dia de funcionamento. Para acionar estes pivôs, o agricultor conta com pouco, ou nenhum, tipo de assistência que indique a necessidade exata da planta. Desta forma, na grande maioria dos casos a irrigação é feita em excesso.
Ao utilizar o sistema da Agrosmart, a economia esperada sob o uso da água é de cerca de 30%, o que seria suficiente para abastecer 7750 pessoas todos os dias. Isto levando em consideração apenas 1 pivô central.
Ao entregar para planta a quantidade exata de água a cada momento de seu desenvolvimento, é esperado que ocorra um aumento de produtividade. Este aumento varia de acordo com a cultura, região, semente e outras variáveis da plantação.
No gráfico abaixo, é possível observar a relação entre a produtividade e o déficit ou excesso de água aplicado na cultura da cana. As recomendações do sistema da Agrosmart tem como objetivo manter o nível de rendimento mais próximo possível do nível máximo (100%).
Os gastos com energia elétrica ao utilizar um sistema de irrigação podem ser bastante elevados. Uma das alternativas é utilizar o horário em que a tarifa de energia elétrica é mais barata, durante a madrugada. Diversas distribuidoras de energia possuem programas que estimulam a ligação do sistema de irrigação após o horário de pico, que vai das 21:30 até as 06:00. Porém, para conseguir irrigar durante este período é preciso haver planejamento. Ou seja, o tempo de irrigação não deve ultrapassar o periodo da tarifa reduzida.
O sistema da Agrosmart leva em consideração em seu algorítimo o melhor período de irrigação, onde o custo de energia elétrica é menor.
Pelo potencial de impacto a startup foi reconhecida pela premiação Call to Innovation da Singularity University como sendo a melhor solução dentre 500 projetos para combater a crise hídrica. Como resultado, obteve-se grande exposição na mídia, um programa de transferência tecnológica com a NASA e a parceria com grandes empresas com o intuito de economia de água, como foi o caso da Coca Cola.
Neste último projeto, o objetivo é o de testar um modelo de compartilhamento do sistema entre pequenos produtores de goiaba no estado do Espírito Santo. Após a finalização da instalação e utilização do sistema ao longo da safra pelos produtores selecionados para o projeto piloto, espera-se uma economia de 5% no consumo de água utilizada para irrigação e um aumento de produtividade de R$ 105.000 por ano.
O novo edifício do L’Oréal Research and Innovation Center está situado na Ilha do Bom Jesus – Rio de Janeiro/RJ. O local vem despontando nos últimos anos com o primeiro polo empresarial verde do Brasil, contando com a presença de centros de pesquisa de alta tecnologia que investiram em energias renováveis e inovação. Envolto pelos remanescentes de Mata Atlântica e pela Baía de Guanabara, o local é ideal para uma abordagem sustentável dos recursos naturais que pode vir a ser marco para outras futuras intervenções.
Com o objetivo de ser uma intervenção inovadora no tocante à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente desde a sua concepção, a L’Oréal optou por fazer o gerenciamento e tratamento de todas as águas residuais (efluente sanitário e industrial) e das águas pluviais com a Phytorestore: empresa atuante há mais de 25 anos no desenvolvimento de biotecnologias baseadas em fitorremediação e nas zonas úmidas naturais (wetlands). Através dos Jardins Filtrantes®, é feita a remoção dos poluentes das água residuárias e pluviais, as reestabelecendo às condições de uso e, simultaneamente, são criadas paisagens verdes naturais para valorização arquitetônica.
Os Jardins Filtrantes® do centro de pesquisa são constituídos por uma série de bacias preenchidas com substratos e plantas específicas, totalizando cerca de 3.000m² de elementos funcionais e estéticos na parte externa do edifício. Os efluentes/água pluvial percorrem por dentro do substrato e as interações biológicas que ocorrem na zona de raízes promovem o tratamento completo, sem qualquer adição química, bacteriana, biológica ou artificial. A eficiência do processo depende unicamente das propriedades da natureza realçadas pelo conhecimento humano aplicado ao processo. A morfologia final do conjunto é representada por áreas verdes exuberantes, com uma enorme paleta de espécies de plantas nativas que criam padrões únicos, cores vivas e texturas.
Todo o processo de construção possui o selo LEED Gold do Green Building Council e a empresa pretende submeter também a operação do site para obtenção do selo.
Em relação à eficiência do tratamento de efluentes, o início da operação do sistema se deu em maio/2017 e o mesmo tem apresentado resultados de tratamento satisfatórios, conforme parâmetros exigidos pela legislação vigente e monitoramento feito in loco pela Phytorestore. Quanto às águas pluviais, o gerenciamento tem se mostrado eficiente a medida que não há relato de episódios de alagamentos, mau cheiro, proliferação de vetores e formação de poças em qualquer uma das áreas com os componentes do sistema natural.
Dentro de um panorama geral, como resultado macro da implantação dos Jardins Filtrantes® tem-se os inúmeros ganhos que a aplicação dessa biotecnologia trouxe quando comparada à implantação dos sistemas convencionais de tratamento comumente aplicados às indústrias. Toda a área externa do centro de pesquisa foi valorizada pelos elementos de paisagismo multifuncional. Os usuários e visitantes do centro tem um contato direto e visual com os elementos do tratamento sem qualquer risco a saúde e adquirindo profundo entendimento sobre os processos naturais e a importância do manejo responsável dos recursos hídricos.
Constituição do Arranjo Produtivo Local na Cadeia de valor do Biodiesel a partir de óleos e gorduras residuais com a inclusão produtiva de catadores de materiais recicláveis e a educação ambiental de crianças e adolescentes. Promoção, produção e uso do Biodiesel (B20) objetivando a redução de emissões de gases de efeito estufa no meio ambiente e a proteção de água.
Destaca-se que o Programa Bioplanet - Energia para o Mundo recebeu por duas ocasiões a Chancela da Agência Nacional de Águas (ANA) aprovada pela sua Diretoria Colegiada, em sua 524ª reunião ordinária, no dia 09 de maio de 2014 e novamente aprovada pela Diretoria Colegiada da ANA em sua 631ª Reunião Ordinária em 06 de outubro de 2016 com apoio institucional (Processo ANA nº 050853/2016-68). Outro aspecto em evidência é que a Biotechnos, proponente do Programa, integra o Centro de Inovação e Tecnologia da Universidade de São Paulo (USP) e o Programa compõe o Guia de Inovação em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Promover a conscientização de todos os alunos do Colégio Estadual de Itacajá e comunidade em geral, em especial a comunidade ribeirinha, sensibilizando-os, dia a dia, quanto à importância da conservação do meio ambiente, sobretudo do Rio Manoel Alves Pequeno. Neste sentido, fazendo com que cada um cumpra sua parte no que diz respeito ao bem comum da comunidade local: o Rio Manoel Alves Pequeno.
O projeto é de suma importância na comunidade por realizar o processo de limpeza da cidade e do rio, e por envolver toda a sociedade na luta pela conservação do meio ambiente.Cada lixo que é recolhido, evita que durante o período das chuvas possam ser despejados dentro do rio ocasionando a poluição e assoreamento dos nossos mananciais hídricos. Percebe-se também que a quantidade de lixo recolhida traz a população um alerta sobre o consumismo e como consequência a produção de mais lixo e o descarte inadequado do mesmo. vale ressaltar que no momento em que o mutirão de limpeza está sendo realizado é perceptível a união dos grupos, todos em busca de realizar o seu trabalho da melhor forma possível e contribuir para melhoria das condições da sustentabilidade. É notável o esforço de cada participante em dar sua contribuição e colaborar para que os recursos naturais sejam preservados e a participação de cada aluno é interessante porque ele sente-se responsável em cuidar do meio ambiente.
Percebe-se que a cada ano tem diminuído a quantidade de lixo recolhido. São elaboradas diversas atividades em sala de aula antes da realização do mutirão de limpeza. Após o mutirão é realizado uma reunião para análise de pontos negativos e positivos da realização do projeto, para que assim possam ser corrigidos e ou repetidos no ano seguinte.
- Desenvolver tecnologias sustentáveis no quintal da escola;
- Incentivar a comunidade a utilizar tecnologias sustentáveis como forma de diminuir os impactos das atividades de agricultura nos recursos hídricos;
- Incentivar a comunidade a utilizar sistema de tratamento de esgoto das fossas diminuindo a poluição do solo e das águas das nascentes;
- Incentivar a comunidade a preservar as nascentes dos Córregos Capão Preto e Ipê/Coqueiros;
- Incentivar o reuso da água;
- Incentivar a transição agroecológica na comunidade;
- Incentivar a pesquisa;
- Utilizar o quintal da escola e o patrimônio natural da ARIE da Granja do Ipê como sala de aula e laboratórios de aprendizagem dando significado a conteúdos dos componentes curriculares.
Agrourbano Plantando Água, é o projeto do Centro Educacional Agrourbano Ipê, escola pública do Distrito Federal, localizada no bairro Riacho Fundo II, em uma comunidade agro urbana denominada CAUB I. O CAUB I está próximo à Área de Relevante Interesse Ecológico da Granja do Ipê, Unidade de Conservação onde estão as nascentes dos córregos Capão Preto e Ipê/Coqueiros, integrantes da bacia hidrográfica do Paranoá. A instituição trabalha com a temática da preservação das nascentes desde 1995. A partir de 2010, a escola passa a integrar o programa do Ministério da Educação "Escolas Sustentáveis". Assim, deu-se início a instalação de tecnologias sustentáveis de baixo custo no quintal da escola com o objetivo de incentivar a comunidade a utilizá-las. O trabalho teve, a partir de 2015, a música “Senhora Natureza”, composição do estudante Lucas Henrique Mourão, como mensagem mobilizadora que é utilizada até os dias atuais. Aos poucos as ações superaram o ambiente escolar alcançando a comunidade local com a participação dos estudantes em atividades de plantio, implantação de agroflorestas e informativas sobre a ARIE. Em 2017, iniciou-se atividades de monitoramento das nascentes e tratamento do esgoto da escola.
A pretensão do projeto é ampliar, juntamente com a comunidade, criar uma rede de proteção das águas da microbacia do Ipê, com ações de educação ambiental, de redução do consumo de água, tratamento e reuso de água, proteção, conservação e recuperação das nascentes, incentivo à cobertura do solo e à implantação de agroflorestas nas unidades de agricultura familiar, entre outras ações. Anseia-se que a comunidade escolar se sinta parte do ecossistema local, perceba as razões para conservar a ARIE da Granja do Ipê e para cuidar da água em várias fases do seu ciclo, para que ela chegue aos lençóis freáticos e possa abastecer as nascentes.
A ação de educação ambiental já tem colheita, a cartilha "Manual do Biodetetive - ARIE da Granja do Ipê", produzida em parceira com o Instituto Brasília Ambiental é um importante resultado. Espera-se que a publicação contribuía para ampliar o conhecimento da comunidade sobre a ARIE da Granja do Ipê, seus mananciais e a necessidade de conservação dos corpos hídricos. Como resultados temos:
- Captação de água da chuva - O filtro mostrou-se eficiente, retendo a água suja e materiais diversos existentes no telhado. Durante o período chuvoso há uma boa renovação da água do tanque não sendo observada nenhuma mortalidade de peixes devido às mudanças na qualidade físico-química da água. No tanque de ferrocimento não ocorreu perda de água por infiltração, apenas pelo processo natural de evaporação, acarretando economia de água;
- Aquaponia – Permitiu o cultivo de diversos vegetais. Os canteiros das plantas realizam a filtração biológica, sendo essencial para a manutenção do equilíbrio do tanque dos peixes. O abastecimento do tanque com a água da chuva torna esse sistema adequado para a produção de alimentos de maneira sustentável;
- Composteira - A compostagem transforma resíduos orgânicos em nutrientes para as plantas com a ajuda de microrganismos, além de contribuir para as ações de separação dos resíduos na escola;
- No sistema agroflorestal é possível perceber a recuperação do solo. O sistema radicular das plantas diminuem o impacto da chuva no solo, evita o escoamento superficial da água e possibilita a infiltração da água no subsolo, reabastecendo os lençóis freáticos. Na agroflorestal da escola já foi possível colher abóbora, batata doce e banana. Além disso os estudantes participaram de mutirões para implantação de agrofloresta em chácaras do CAUB;
- Com a implantação da mini estação de tratamento do esgoto das fossas é possível separar a água considerando a origem: cozinha, banheiros e bebedouros. As três águas já passam pela primeira fase do processo de tratamento. Já é possível o reuso da água do bebedouro. Com a instalação dos equipamentos necessários para o funcionamento total do sistema será possível reutilizar toda a água fornecida pela concessionária CAESB consumida na escola. Já é possível afirmar que o esgoto da escola não está sendo lançado no solo. Será instalada uma bacia de evapotranspiração utilizando a água tratada dos banheiros. Assim, além de não poluir mais o solo, devolveremos ao ciclo natural uma água limpa.
Espera-se conquistar outros produtores rurais voluntários para a implantação de agroflorestas, captação de águas da chuva e tratamento do esgoto das fossas. Com as ações de educação ambiental espera-se que a comunidade escolar torne-se responsável pela preservação de seu patrimônio natural, tornando-se praticantes das tecnologias sustentáveis, diminuindo assim os impactos às nascentes.
- PRÊMIO : GRENN MOVE FESTIVAL Prêmio Escolas Green - 2014 - 3º Lugar (Projeto sobre Sustentabilidade )
- PRÊMIO : GRENN MOVE FESTIVAL Prêmio Escolas Green - 2015 - 2º Lugar (Projeto sobre Sustentabilidade )
- PRÊMIO ESTUDANTE DESTAQUE - FAP - DF - CIRCUITO DE CIÊNCIAS - 12º SEMANA NACIONAL DE CIENCIAS E TECNOLOGIA - 19 a 25/10 1º lugar - Ensino Médio - (Projeto Escola Sustentável - Sala Ecológica)
- PRÊMIO: Saneamento nas Escola: Nós fazemos - 2016 Metas para o saneamento básico no CEDAgrourano - 2º Lugar - PRÊMIO: Jovem da Água de Estocolmo - 2017 Projeto: Agrourbano plantando água - 2º lugar no Brasil
A ideia surgiu quando no início ano de 2013, foi constatado por meio de questionários aplicados na zona rural do município de Santana do Seridó-RN, que os produtores rurais tinham água para beber, para os afazeres domésticos, consumo dos animais, porém não tinham nenhuma fonte hídrica segura para produção forrageira a fim de alimentar seu rebanho durante o período seco do ano. Aliado a esse dado, segundo o levantamento do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN), durante os anos de 2012 e 2013, o município havia perdido 36,5% do seu rebanho de ruminantes devido a seca avassaladora ali instalada desde 2012. Pode ser citado que a média pluviométrica dos anos de 2012 e 2013, equivale a 22,8% da média pluviométrica dos anos de 2004 a 2011. Com esses dados em mãos, buscou-se uma fonte hídrica sustentável para produção forrageira na localidade. Na oportunidade, foi pensado então em buscar o esgoto do município como fonte alternativa. Foram pedidas informações à Companhia de águas e esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) a cerca do volume de água diário produzido pelas lagoas. Esse volume é de 258.000 (duzentos e cinquenta e oito mil) litros de água por dia, divididos em 2 estações de tratamento de esgoto (ETE). Foram feitas análises da água (físico química e bacteriológica), os resultados mostraram que a mesma estava dentro dos padrões exigidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para irrigação. Foram feitos cálculos de irrigação para definir que cultura seria mais adequada. A fim de escolher algo em consonância com a realidade climática local e com objetivo de beneficiar o maior número de pessoas.
O resultado dos cálculos de irrigação foram taxativos, nos dando a segurança que a melhor cultura a ser implantada seria a palma forrageira da variedade orelha de elefante (Opuntia tuna (L.) Mill). A escolha foi devido à sua rusticidade, baixa exigência em água, crescimento rápido e pelo fato de esta variedade ser resistente à principal praga atual das palmas chamada de cochonilha do Carmin. Levando em consideração pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA), as palmas dessa variedade crescem de forma muito satisfatória com apenas 1,5 litro de água por planta por semana. Com base nesse dado e no volume de água de esgoto que o município dispõe, decidiu-se implantar campos de palma com 20.000 (vinte mil) plantas por hectare. O que consumiria 30.000 (trinta mil) litros de água semanais por hectare e daria para irrigar até 60 hectares de palma onde cada hectare produz 400 toneladas de matéria verde por ano. Essa produção é suficiente para alimentar o rebanho local e ainda comercializar o excedente, além de atacar dois problemas existentes, sendo um ambiental e outro relacionado ao arranjo produtivo local que foi disseminado devido a seca. Fazendo um comparativo, se a cultura escolhida fosse o capim elefante (pennisetum purpureum), daria para implantar 3,5 hectares com toda a água de reuso do município, pois o mesmo possui exigência de 70.000 (setenta mil) litros de água por hectare por dia, contra 60 hectares de palma que exige 30.000 (Trinta mil) litros semanais por hectare, o que demonstra uma eficiência hídrica altamente superior da palma. Pretende-se com essa prática fixar o homem ao campo, gerar renda, desenvolver a cadeia produtiva, dar um destino digno à água do esgoto doméstico e ver ao longo de cada ano, a transformação do esgoto em palma, da palma em leite e carne que por sua vez distribuirão com o auxílio do poder público mais dignidade, sustentabilidade e renda ao homem do campo que historicamente tem seu valor social e econômico reduzido.
1. Em 2014 o projeto foi vencedor do Prêmio Mandacaru II realizado pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS).
2. Em 2015 o projeto venceu o prêmio melhores práticas em gestão local realizado pela caixa econômica.
3. Ainda em 2015 o projeto venceu o 3º prêmio de jornalismo Ambiental realizado pela empresa Tetra Pak
O programa Recuperação de Nascentes é baseado no contexto socioambiental, responsável em promover a interação da sociedade civil para a recuperação da biodiversidade local e de micros bacias hidrográficas, além de melhorar as condições da convivência de comunidades rurais com as adversidades do clima de cada região, através da garantia da sustentabilidade das nascentes e pela construção coletiva de um imaginário que internaliza conceitos de Educação Ambiental. A proposta repousa no trinômio: CONHECER, RECUPERAR, PRESERVAR, e se baseia em princípios como parceria, mobilização comunitária e capacitação, através da recuperação de nascentes, do apoio ao reflorestamento e à mudança dos hábitos do uso da água.
Propõe-se trabalhar, primeiramente, o manejo de recursos hídricos e de forma transversal o meio ambiente, a identidade e a solidariedade de cada comunidade, tais ações são desenvolvidas através de oficinas de recuperação e reflorestamento das áreas de nascentes e recargas tendo o objetivo de sensibilizar e educar ambientalmente a população para possibilitar e aflorar o conhecimento sobre a natureza e a deficiência na provisão de água, para consumo humano, dessedentação animal e pequenos cultivos, mostrando que há alternativa para a solução da escassez de água com boa qualidade ao alcance das comunidades rurais, que é a preservação das nascentes. A recuperação da nascente se inicia no diagnostico, é através dele que é possível prever o quanto a área está degrada e como será feita a sua recuperação, a limpeza e proteção contra vetores contaminantes são essências para garantir a qualidade da água além, também, do reflorestamento do perímetro com plantas nativas que irá garantir a proteção necessária para a sustentabilidade e a manutenção uma vazão considerável para a recuperação da região hidrográfica na qual está inserida a área dinâmica.
Para que o trabalho seja multiplicado dentro dos trâmites ambientais é necessária a aplicação ordenada de decretos ambientais em parceria com a sociedade civil, afim de que haja o cumprimento dessas leis dentro de um sistema voltado tanto para o qualitativo quanto para o quantitativo, com foco na sustentabilidade, assegurando à futuras gerações melhorias significativas de vida, amenizando a perda de cobertura vegetal. O projeto é desenvolvido em estreita colaboração com as comunidades rurais, e, através da dinâmica da ação participativa, espera-se avançar na autonomia hídrica e na sustentabilidade ambiental. Em síntese, as principais ações do projeto são: diagnóstico e georreferenciamento, recuperação de nascentes, reflorestamento do perímetro das nascentes e ações de mobilização social e educação ambiental nas comunidades e nas escolas das comunidades rurais.
O programa recuperação de nascentes traz resultados imediatos para comunidade que está sendo beneficiada, aumenta e melhora a quantidade e qualidade da água disponível, diminui doenças por veiculação hídrica e, também, aumenta a renda das famílias através da expansão da produção agrícola. No que se refere ao meio ambiente os resultados também são imediatos, o reflorestamento da mata ciliar acarreta na volta de todo o balanço dos ecossistemas ali existentes e ele garantirá a sustentabilidade da região. A médio-longo prazo é possível notar o decrescimento do êxodo rural, nessas regiões, pois o acesso à água acarreta no aumento da renda e da saúde das famílias proporcionando-os uma melhor qualidade de vida a todos os beneficiados e garantindo a gerações futuras o acesso à água, tornando o êxodo dispensável.
Também a médio-longo prazo a recuperação e a manutenção das nascentes e os trabalhos de educação ambiental irão gerar um efeito dominó em toda a região, que acarretará numa possível restauração de mata ciliar nas margens dos rios e aumento na vazão e na qualidade das águas dessa bacia hidrográfica que está sendo trabalhada. O georreferenciamento, o diagnóstico e as medições de vazões das nascentes são essenciais para a gestão das águas, além de produzir dados importantes para o sistema de monitoramento de rios.
No meio rural, as principais fontes de abastecimento de água são as nascentes e os poços. Geralmente essas fontes não estão totalmente protegidas contra a contaminação e, muitas vezes, são inapropriadas para o consumo humano.
O Programa Água Limpa desenvolvido pela Prefeitura de Caxias do Sul consiste em uma iniciativa que busca atender as famílias rurais residentes no município através de um conjunto de ações que visam implementar e, com isso, despertar a importância do saneamento básico nas propriedades rurais. Contempla o abastecimento da população rural com água potável (através da recuperação de vertentes e poços artesianos comunitários), o destino adequado das águas servidas (instalação de sistema de esgotamento sanitário), o destino adequado dos dejetos de animais (instalação de esterqueiras) e o destino adequado das embalagens vazias de agrotóxicos (campanhas de recolhimento). As ações estão relacionadas à promoção da qualidade de vida, bem como à proteção dos ambientes naturais, em especial, os recursos hídricos.
1- Vencedor do VI Prêmio Responsabilidade Ambiental RS/2010 da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul/2010.
2- Vencedor do Prêmio da Fundação Banco do Brasil – Tecnologia Social na Categoria Gestores Públicos/2015. Realizado a cada dois anos, o Prêmio tem por objetivo identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional, que sejam efetivas na solução de questões relativas a alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde.
3 - Vencedor do 23º Prêmio Expressão de Ecologia – Categoria Conservação de Insumos de Produção-Água/2015.Reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente, o Prêmio Expressão de Ecologia é realizado anualmente pela Editora Expressão desde 1993, um ano após a Rio 92, a conferência da ONU que inaugurou uma nova era ambiental. Em sua trajetória, a premiação contabiliza 2.279 projetos ambientais inscritos.
O projeto “De Olho nos Olhos – Proteção e Recuperação de Nascentes”, é mantido pela ONG Grupo Dispersores e teve o inicio de suas atividades no ano de 2007, o qual na época, contou com a parceria do Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA do Ministério do Meio Ambiente e seus colaboradores, Cooperação Brasil-Alemanha, GTZ (Cooperação Técnica Alemã) e KFW (Banco Alemão), para a recuperação de 10 nascentes. Em 2012 o projeto contou com o apoio do Fundo Sócio Ambiental – FSA, da CAIXA Econômica Federal para a recuperação de mais 20 nascentes. Atualmente o projeto conta com o apoio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - CODEMIG através do programa Plantando o Futuro, para a recuperação de mais 200 nascentes na região, até dezembro de 2018. Estas parcerias fazem com que a instituição promova ações para a recuperação de áreas de preservação permanente de nascentes, proporcionando ao produtor rural, a recuperação de nascentes em sua propriedade sem nenhum custo. Todo material, insumos e assistência técnica são fornecidos gratuitamente pela instituição através do projeto De Olho nos Olhos.
O Projeto "De Olho nos Olhos – Proteção e Recuperação de Nascentes" tem como objetivo elevar o número de nascentes protegidas na Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí, com atuação regional o projeto atende 10 municípios no sul de Minas Gerais estando a maioria das propriedades beneficiadas localizadas em municípios que compõem a Área de Proteção Ambiental (APA) Fernão Dias e Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Mantiqueira. Para a recuperação das nascentes o projeto utiliza de técnicas de restauração ambiental, como proteção (cercando o entorno da nascente com moirões e arame farpado em um raio de 50m) e revegetação (plantio de mudas nativas na área protegida, como estimulo à regeneração natural). A atual fase do projeto iniciada em novembro de 2016 irá preservar e recuperar mais 157ha de Mata Atlântica, beneficiando 200 nascentes degradadas, através do plantio de 130.000 árvores nativas, até dezembro de 2018. As ações desenvolvidas por este projeto de proteção e recuperação da vegetação nativa no entorno das nascentes, busca proporcionar o equilíbrio do ecossistema e a conservação dos recursos hídricos quantitativamente e qualitativamente. Este trabalho contribui diretamente com a melhoria da água na Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí formada por 48 municípios que indiretamente também passam a ser beneficiados com o projeto, o qual contribui com a produção de água para o abastecimento humano nestes municípios. Produtores rurais interessados em proteger nascentes em suas propriedades, ao aderirem ao projeto, recebem gratuitamente através do projeto todo insumo necessário para a proteção e recuperação da nascente. Até o momento mais de 50 nascentes já foram recuperadas, são mais de 390.000m² de Área de Preservação Permanente de Nascente, protegidas e reflorestadas pelo projeto, mais de 32.000 mil mudas de árvores nativas já foram plantadas. Em paralelo o trabalho de Educação Ambiental desenvolvida pelo projeto, já envolveu mais de 4.000 alunos em suas atividades, além do trabalho de mobilização social realizado com diversas famílias na zona rural e urbana dos municípios de atuação do projeto.
O projeto De Olho nos Olhos tem como objetivo proteger e recuperar nascentes, tendo como resultado esperado a contribuição na conservação dos recursos hídricos, buscando garantir água em quantidade e qualidade para o abastecimento dos rios e da população. Este trabalho contribui diretamente com a melhoria da água na Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí (GD5), área da atuação do projeto, formada por 48 municípios que direta e indiretamente também passam a ser beneficiados com o projeto.
Iniciado em 2007 o projeto já vem colhendo frutos, até o momento mais de 50 nascentes já foram recuperadas, são mais de 390.000m² de Área de Preservação Permanente de nascente protegidas e reflorestadas pelo projeto, mais de 32.000 mil mudas de árvores nativas já foram plantadas. Até o final de 2018 com o encerramento desta nova fase do projeto, os resultados serão ainda maiores, tendo recuperado mais de 190 hectares de Mata Atlântica, através da recuperação de mais de 240 nascentes, tendo plantado aproximadamente 160.000 mil árvores. Em paralelo o trabalho de Educação Ambiental desenvolvida pelo projeto, já envolveu mais de 4.000 alunos em suas atividades, além do trabalho de mobilização social realizado com diversas famílias na zona rural e urbana dos 10 municípios de atuação do projeto, onde diretamente aproximadamente 240 famílias estão sendo beneficiadas pelo projeto.
1 - Em 2010 foi finalista do Prêmio Furnas Ouro Azul, através do projeto “De Olho nos Olhos – Proteção e Recuperação de Nascentes”, ficando entre as 4 melhores do Estado de Minas Gerais na categoria ong´s.
2 - Em 2011 através do projeto “Veias D'água – Recuperação de Nascentes e Educação para a Sustentabilidade” foi certificado pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.
3 - Em 2012 o projeto “De Olho nos Olhos – Proteção e Recuperação de Nascentes”, somado as duas primeiras fases do projeto, foi finalista do Prêmio ANA 2012, da Agencia Nacional de Águas, ficando entre os 3 melhores projetos do Brasil na categoria ong´s.
4 - Em 2013 o projeto “De Olho nos Olhos” também foi finalista do Prêmio Caixa Melhores Práticas em Gestão, ficando entre as 3 melhores na categoria ong´s.
5 - Em 2014 o projeto “De Olho nos Olhos” foi o vencedor do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – Prêmio ODM Minas, o qual foi reconhecido e premiado pelo Estado de Minas Gerais.
O projeto Viveiro Cidadão visou dar continuidade e ampliar as ações de restauração de ecossistemas desenvolvidas pela Ecoporé e parceiros em municípios da região da Zona da Mata Rondoniense, centro sul do estado de Rondônia. Os níveis de cobertura florestal dos municípios desta região são inferiores a 15% . Esta vegetação nativa foi suprimida ao longo do processo de colonização para ceder espaço às atividades agropecuárias que, sem planejamento adequado e técnicas conservacionistas de uso do solo, tem gerado impactos ambientais negativos, os quais já ocasionam problemas sociais e ambientais relacionados à escassez de água nos períodos de estiagem e enchentes e inundações, principalmente nos centros urbanos nos períodos de chuvas.
Os beneficiários diretos do projeto são agricultores familiares, que necessitam adequar suas propriedades rurais ao código florestal, de modo a fazer a recomposição de matas ciliares e reservas legais, mas que devido ao elevado custo destas ações, e ainda por não disporem de assistência técnica e incentivos, encontram muitas dificuldades em realizar a reposição. Além do atendimento direto a Agricultores Familiares, o projeto por meio de metodologias participativas de atuação, contempla ainda outros públicos como estudantes de diversos níveis de ensino, sociedade civil organizada e setores públicos ligados à educação e setor agropecuário com a inclusão socioprodutiva de jovens e mulheres da agricultura familiar.
O projeto teve como principais objetivos promover a recuperação florestal de 130 hectares de áreas desmatadas, tanto em intervenções nos espaços de área de preservação permanentes (APP), quanto em áreas de reservas legais seja por meio de técnicas de restauração de ecossistemas e/ou por sistemas produtivos de baixo carbono. Com isso buscamos atingir seis fatores principais: ampliar proteção sobre rede hidrográfica; fortalecer o estabelecimento de corredores de biodiversidade; incentivar a prática de sistemas agroalimentares diversificados; aumentar o sequestro de carbono pela agricultura e sensibilizar a sociedade sobre a importância das florestas para a qualidade de vida humana. O trabalho segue a metodologia dos Viveiros Educadores, os quais são espaços de produção de mudas de essências florestais, abertos a participação da comunidade diretamente interessada, a qual propõe junto ao Viveiro as atividades a serem executadas, de acordo com as premissas de um Projeto Político Pedagógico do Viveiro (PPPV), elaborado de forma participativa com atores sociais da região. O Viveiro Cidadão, estimula e fomenta a produção sustentável, a conservação, recuperação e manutenção dos recursos naturais da Amazônia (em especial os recursos hídricos) e a sensibilização e integração da sociedade com estes temas.
A produção de alimentos no semiárido do Brasil, por ser uma região afligida pela escassez de água, deve está fundamentado em princípios e técnicas de convivência com a seca, com ênfase no uso racional e aproveitamento de fontes alternativas dos recursos hídricos disponíveis. O ‘Programa Água Boa’ do Governo Federal instalou, nas áreas rurais com problemas de escassez, estações de tratamento de água por osmose reversa, a fim de obter água potável para as famílias por meio da dessalinização das águas salinas e salobra de poços artesianos e, ainda, dotar estas de capacidade produtiva. Entretanto, no processo de dessalinização se gera, além da água potável, um rejeito altamente salino e de poder poluente elevado. Porém, o rejeito gerado não recebe qualquer tratamento ou destinação adequada, sendo despejado diretamente no solo e no curso de água, causando poluição ambiental. Considerando a quantidade de estações de tratamento instaladas na região nordeste e a limitação da produção agrícola devido à escassez de água, fazem-se necessários estudos que quantifiquem o potencial de utilização agrícola desta fonte hídrica. Um projeto piloto visando à produção agrícola familiar utilizando o potencial hídrico do rejeito da dessalinização foi experimentado na Comunidade Serra Mossoró e no Projeto de Assentamento Santa Elza, localizados no município de Mossoró, RN. Na fase exploratória da Pesquisa-Ação, foram realizadas oficinas de sensibilização e mobilização das famílias, em que se abordaram questões relacionadas às ações e os benefícios do projeto, possibilitando a identificação de atuação das famílias no projeto pelo método da pesquisa participativa. Nesta fase, também foram realizados cursos de formação sobre a criação de tilápias e hortas orgânicas, tendo como público alvo os agricultores(as) familiares envolvidos na pesquisa.
O projeto foi executado por meios de ações integradas e sustentáveis, as quais foram: a água do poço era bombeada até a estação de tratamento para a obtenção de água potável por osmose reversa, beneficiando as famílias; o rejeito salino gerado no processo de dessalinização era bombeado para 2 viveiros de piscicultura construídos para a criação de tilápia (espécie tolerante à água salgada), beneficiando as famílias com fonte de proteína; o efluente da piscicultura, enriquecido em matéria orgânica, era armazenado em tanques de irrigação construídos que, posteriormente era utilizado na irrigação de plantas forrageira e hortas comunitárias e; finalmente, a forragem produzida, com teor de proteína entre 15 e 18%, foi utilizada para a engorda de caprinos e/ou ovinos que, juntamente como a produção de tilápia e hortaliças garantia a segurança alimentar e nutricional das famílias e, ainda a o aumento da renda com a venda do excedente, fechando o sistema de produção ambientalmente sustentável. A metodologia aplicada na construção deste projeto possibilitou o diálogo e a participação democrática das famílias beneficiadas sem causar insatisfação das mesmas; deste modo, houve a transferência da tecnologia social e, consequentemente, a sua apropriação desta pelos agricultores. Com relação a viabilidade economia do projeto, não há alta relação custo benefício no período de 2 anos de avaliação, porém pode ser viável com prazo maiores. Entretanto, há benefícios socioambientais da tecnologia social implementada nas duas localidades, pois, além de evitar a contaminação ambiental devido À disposição inadequada do rejeito da dessalinização, garante a segurança alimentar e nutricional das famílias com, a possibilidade de venda do excedente. As ações propostas colaboram com as políticas de combate a desertificação do nordeste e, principalmente com a gestão das águas, promovendo seu uso sustentável na agricultura do semiárido; podendo esta experiência ser replicadas em outras comunidades que dispões de estações de tratamento de água salobra de salinas de poços.
4.1 Criação de tilápias em viveiros utilizando água de rejeito salino;
4.1.1 Análise técnica e produtiva Os parâmetros físico-químicos monitorados durantes a condução dos experimentos com as tilápias estão dentro das faixas normais para o desenvolvimento da espécie. A taxa de conversão alimentar obtida foi de 1,5:1; considerada alta de acordo com Lovshin (1997) que, afirmar ser a obtenção de uma alta taxa de conversão alimentar fundamental para que o sistema intensivo de criação de tilápias seja economicamente viável. A comercialização das tilápias deu-se por meios do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);
4.1.2 Viabilidade econômica da piscicultura A viabilidade econômica da piscicultura foi feita a partir da análise do fluxo de entrada e saída financeira do projeto supracitado, utilizando um período financeiro de dois anos. Inicialmente, foi investido um valor de R$ 72.112,51, por meio da compra de materiais permanentes e de consumo, bem como, investimento com serviços terceirizados que viabilizaram a escavação dos viveiros de piscicultura e tanque receptor de efluentes. Observa-se que, no primeiro ano, o cultivo de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) com rejeito salino rendeu em média 620,00 kg, sendo comercializado por comercializado por R$ 12,00 kg-1, gerando uma receita bruta de R$ 7.440,00. Já no segundo ano, obteve-se uma produção menor de 600 kg também comercializada por R$ 12,00, gerando uma receita bruta de R$ 7.200,00, sendo o total da receita bruta dos dois anos de R$ 14.640,00;
4.2 Horta comunitária utilizando rejeito salino como suporte hídrico;
4.2.2 Produção de hortaliças A implantação da horta na comunidade teve grande êxito, especialmente por que desmistificou a cultura dos moradores de que rejeito da dessalinização da água era inadequado para qualquer fim e, com isso, despertou a curiosidade de cultivá-las usando o rejeito salino. O altos rendimentos das hortaliças (coentro, alface, beterraba, cebolina, rúcula e couve) irrigadas com efluente da piscicultura observados no presente estudo devem-se, provavelmente, ao fato da presença de nutrientes no efluente – enriquecido pelos dejetos dos peixes e raçoes fornecida ter estimulado o crescimento vegetativo das plantas devido à melhoria da fertilidade do solo, especialmente a incorporação de matéria orgânica (Andrade Filho et al., 2013). Esses benefícios podem, inclusive, ter reduzido os efeitos deletérios do efluente sob o solo e as plantas causados pela elevada CE e a toxidez de íons cloreto e sódio. Além disso, os resultados da produção de hortaliças são satisfatórios, já que há um grande aproveitamento do potencial hídrico do rejeito salino, comparado a descartá-lo no solo, levando em consideração, principalmente, a dificuldade de água para utilização na agricultura, em uma região com recursos escassos;
4.3 Cultivo de mudas de essências florestais irrigadas com rejeito salino Constata-se que a tolerância à água de rejeito ou de efluente depende da espécie (Angicos, tamarindos, sabiá e mulungu), embora todas as espécies estudadas tenham se desenvolvido satisfatoriamente, apesar das condições de alta salinidade;
4.4 Cultivo de erva sal irrigada com rejeito da dessalinização por osmose reversa Aos três meses de cultivo após a rebrota do primeiro corte, a produtividade da erva sal irrigada com rejeito salino atingiu 5.689,62 e 1.624,00 kg ha-1 de massas de matérias fresca e seca, respectivamente, na condição de umidade do solo à capacidade de campo (testemunha). Extrapolando estes valores de produtividade para um ano de cultivo tem-se 22,82 e 6,49 Mg ha-1 ano-1 de massas de matérias fresca e seca, respectivamente. Considerando a somatória dos sais extraídos pela planta (folhas + caule), a quantidade de sais média extraídos foi de 971,21 kg ha-1 ano-1, ou seja, quase 1 tonelada de sais seriam extraídos do solo nas condições deste experimento pela erva sal.
O projeto de pesquisa foi desenvolvido com foco na importância da mobilização e articulação dos atores sociais locais para a efetividade das políticas públicas relacionadas à conservação dos recursos hídricos. Elaborou-se, assim, a proposta de um programa de ensino a ser utilizado em Votuporanga-SP, município com cerca de 90.000 habitantes, que experimentou acelerado crescimento nas últimas décadas. Tal processo resultou, entre outras consequências, na degradação e no aumento da pressão sobre os recursos hídricos locais. A formação alicerçou-se sobre:
(i) a base legal das políticas de gestão dos recursos hídricos, de saneamento básico e de uso e ocupação do solo;
(ii) as problemáticas locais relacionadas à conservação dos recursos hídricos; e
(iii) os espaços e instrumentos de participação social previstos nas políticas públicas supramencionadas.
O programa foi divulgado e realizado no formato de um curso, que reuniu diversos atores sociais locais – servidores públicos municipais e estaduais, profissionais autônomos, empresários, entre outros. Desenvolveu-se em torno da discussão sobre diversas dimensões afetas à conservação das águas no município, enfatizando o papel das políticas públicas locais. Por se tratar de uma pesquisa participativa, o programa preliminarmente proposto foi reorganizado no decorrer do curso, a partir de demandas e posicionamentos dos participantes. Foram objeto de avaliação na pesquisa os recursos e estratégias educativas elaborados, assim como as consequências para a prática profissional e social dos participantes. Tanto os depoimentos realizados nas avaliações como as ações do grupo, realizadas após o término formal do curso, demonstraram empoderamento pessoal e de grupo, frente às problemáticas estudadas. A elaboração, durante o curso, de propostas de mitigação ou solução dos problemas identificados, sua apresentação aos candidatos a prefeito, no pleito de 2016, e a assinatura termos de compromisso com estes, constituem contribuições do grupo à gestão ambiental local. Configurou-se, além disso, como um importante exercício de cidadania e participação social. Com o objetivo de facultar a replicação dessa experiência em Votuporanga, bem como em outros municípios de pequeno e médio porte, as bases teórico-metodológicas do programa foram reunidas em dois e-books. No formato de manuais para o desenvolvimento do programa de ensino, figuram como singulares produtos da pesquisa, destinados a orientar multiplicadores. Uma descrição mais aprofundada dos textos consta do item 12. As versões preliminares dos e-books, publicadas na dissertação de mestrado, que descreve o desenvolvimento da pesquisa, estão disponíveis no Anexo 5 desta inscrição, para consulta. O texto da dissertação e seus apêndices também constam dos anexos.
O curso reuniu inicialmente cerca de 40 participantes, e foi realizado entre fevereiro e maio de 2016 por meio de treze encontros, contabilizando uma carga horária total de 48 horas. Sua condução pode ser sistematizada nas seguintes etapas:
- Subsídios à compreensão dos problemas (Encontros 2 a 5);
- Mapeamento participativo e elaboração de propostas (Encontros 6 a 8);
- Trabalho de campo (Encontro 9);
- Priorização e detalhamento das propostas (Encontros 10 e 11);
- Ferramentas de participação (Encontro 12);
- Encerramento e avaliação (Encontro 13).
As informações e relatos colhidos nos questionários de avaliação demonstraram que o conhecimento e a valorização da realidade local, construídos de modo participativo no decorrer do curso, promoveram, conforme já apontado, o empoderamento pessoal e coletivo frente às problemáticas locais identificadas e estudadas. Os depoimentos foram concordantes frente à continuidade do envolvimento entre muitos participantes após o término do curso. Com o auxílio da equipe responsável pela pesquisa, eles elaboraram um relatório, contendo as propostas prioritárias construídas no âmbito do curso, e também um termo de compromisso relativo à sua implantação, ambos apresentados aos candidatos a prefeito no pleito eleitoral de 2016. A apresentação ocorreu mediante articulação com o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Saneamento (COMDEMA), em reuniões extraordinárias do colegiado. O termo elaborado no âmbito do curso foi assinado por dois dos três candidatos. A iniciativa incentivou o COMDEMA a propor outro termo de compromisso relacionando outras questões relacionadas à temática, o qual foi assinado pelos três candidatos. O cumprimento dos compromissos assumidos tornou-se uma recorrente pauta nas reuniões daquele Conselho.
Os e-books elaborados constituem também resultados da pesquisa, enquanto ferramentas para a multiplicação do programa de ensino e das suas consequências, para outros atores e realidades, no que se refere à conservação das águas. Estão estruturados e compostos em cinco capítulos. No Capítulo 1, são apresentadas as bases teóricas e metodológicas que fundamentam o programa de ensino, considerações sobre o público-alvo e parcerias potenciais e o conjunto de atividades que integram o programa. No Capítulo 2, apresentam-se orientações sobre o levantamento de informações necessário à organização dos Encontros 1 a 4, seu conteúdo e metodologia de exposição com vistas à contextualização das problemáticas locais. O Capítulo 3 orienta a organização do mapeamento participativo e do trabalho de campo, incluindo um roteiro para a sua a realização. O Capítulo 4 fornece orientações para a sistematização dos resultados do mapeamento participativo, objetivando a elaboração, priorização e o detalhamento de propostas de intervenção. O Capítulo 5 é destina-se a orientar a discussão sobre a definição de estratégias pautadas na viabilidade da aplicação das intervenções propostas. O conteúdo que se diferencia entre os dois documentos é o Capítulo 2. No texto destinado à replicação do programa em Votuporanga-SP, o capítulo disponibiliza aos multiplicadores a recursos didáticos (Apêndices C e D) sobre a realidade local e regional elaborados no âmbito da pesquisa. No Capítulo 2 do e-book destinado à aplicação em outros municípios apresenta um roteiro para o levantamento de informações técnicas e de documentos legais, relacionados ao contexto local, orienta os leitores/usuários para a criação de recursos didáticos, baseados nessas referências. Os Apêndices A e B também são comuns aos dois e-books, e compilam informações sobre a relação do ser humano com a água (Apêndice A) e a base legal das políticas públicas de gestão de recursos hídricos, de saneamento básico e de uso e ocupação do solo (Apêndice B).
Sistemas de informações, dotados de bases de dados consistentes, que permitam aos munícipes o acesso ágil e simplificado a indicadores relevantes de qualidade, eficiência e sustentabilidade dos serviços municipais de saneamento, alinham-se aos princípios fundamentais da Política Nacional de Saneamento Básico (BRASIL,2007). A implantação de um sistema criado e gerido no âmbito municipal, é fundamental para viabilização do monitoramento e avaliação sistemática da implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico de qualquer município.
O Sistema de Informações Municipais de Saneamento Básico (SIMSB) foi criado pelo Setor de Projetos e Serviços da Fundação Educacional de Caratinga (FUNEC), para que pudesse atender as necessidades advindas da elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) de 73 municípios das Bacias dos Rios Caratinga, Santo Antônio e Suaçuí (afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce), que tem como Agência de Água o IBIO AGB Doce. A área desses rios ocupa cerca de metade da Bacia do Rio Doce na parte referente ao estado de Minas Gerais, por isso a importância da elaboração dos seus PSMB.
Portanto, o SIMSB é um sistema via Web com módulo de aplicativo responsável por monitorar, fiscalizar e fazer a vigilância do saneamento básico municipal de uso social e técnico, tendo como diferencial a sustentação em informações geoespaciais, ou seja, todos os dados coletados pelo usuário são correlacionados a coordenadas geográficas. Outra característica é manter a plataforma de forma que os hardwares utilizados sejam de baixo custo, sem influenciar diretamente na produtividade, e, para isso são utilizados recursos de programação para otimização plena do sistema.
O objetivo é apresentar em um mapa dinâmico os dados coletados referentes ao saneamento. Eles são disponibilizados no menu "Definir Dados", onde basta selecionar as informações existentes para exibição, que estes aparecerão no mapa. Os dados que estão disponíveis nesse local são os mais variados, vindos de órgãos oficiais como CPRM, ANA, IGAM, IBGE. Também há as informações de ordem técnica, vindas da Geobase, construída pelos profissionais responsáveis pela elaboração do PMSB, como nascentes, pontos de captação e reservação, aterros sanitários e controlados, lixões, arruamento com dados de pavimentação, bocas de lobo, pontos de alagamento, estrangulamento, lançamento, sentido do fluxo pluvial, dentre muitos outros.
Outro recurso é a apresentação de imagens feitas para o Produto de Diagnóstico Técnico-Participativo do PMSB, onde a partir do menu "Diagnósticos", pode-se selecionar quaisquer dados dos eixos de saneamento que deseja-se visualizar, apresentando imagens com descrições e coordenadas. Algumas informações que são prestadas na Geobase do PMSB são feitas a partir das imagens do Diagnóstico, que se faz de suma importância para constatar a situação do saneamento municipal. É importante salientar que todas essas imagens estão georreferenciadas, e possibilitam ao usuário e técnicos a noção espacial no sistema Web, pelo mapa dinâmico.
O SIMSB vem amadurecendo com o passar do tempo e se ampliando, e apresenta agora também, uma interface móvel colaborativa, onde os cidadãos podem participar da alimentação de dados no sistema. No módulo aplicativo há espaço para os diagnósticos, que podem ser de ordem civil ou técnica. Os usuários civis poderão / deverão fazer denúncias, e terão que anexar ao menos alguma prova que confirme tal fato, enquanto os usuários técnicos prestarão informações específicas sobre quaisquer eixos de saneamento, a qual se propuserem identificar. Para que as informações sejam corroboradas, os usuários enviarão fotos, áudios e vídeos, descrevendo os problemas enfrentados nas suas localidades.
Espera-se com a implantação do sistema e correta utilização, sejam alcançadas diversas melhorias nos serviços de saneamento do município. Entre eles, a maior transparência nos serviços prestados pela prefeitura e/ou concessionárias para com a população; uma comunicação intermediada de imagens e referências espaciais entre a população e as secretarias responsáveis; e manter as informações geoespaciais do município sempre atualizadas, sem a necessidade de um especialista em geoprocessamento para operar o sistema.
Com vistas a integração de atividades e atingir a gestão municipal de forma mais ampla, reforça-se a necessidade de implantação de um programa de capacitação tecnológica para os servidores municipais responsáveis pela gestão do SIMSB (Sistema de Informações Municipais em Saneamento Básico), incluindo técnicos de secretarias diversas (Agricultura, Meio Ambiente, Obras, Planejamento, Saúde, Educação, dentre outras), visando ampliar o escopo e a aplicabilidade do sistema, criando a oportunidade de se avançar para criação do SIMI (Sistema de Informações Municipais Integradas).
O SIMI poderia servir como base para todas as secretarias existentes no município, e geraria todos os dados necessários ao bom funcionamento da prefeitura de forma constante e atualizados. Por exemplo, a secretaria de saúde poderia ter dados mais precisos de focos de endemias, controle de vetores, doenças de notificação, dentre outros.
O SIMSB está sendo inscrito pelas primeiras vezes, no ano de 2017, em Feiras de Negócios, Comercialização de Novas Tecnologias de produtos, processos, tecnologias e serviços inovadores voltados para o setor de saneamento básico. Primeiramente, foi inscrito para a 1ª Feira de Negócios, Tecnologia e Inovação (FENITEC) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), e foi um dos oito projetos selecionados para apresentação na feira que acontecerá entre os dias 6 e 8 de junho de 2017. A FENITEC teve como objetivo selecionar protótipos, produtos, processos, e ideias inovadoras que tenham potencial para serem comercializadas. As propostas enviadas apresentaram soluções com caráter inovador e com aplicação econômica, preocupando-se com as questões sociais e ambientais. O SIMSB foi enquadrado na categoria “Ideias, Conceitos e Soluções Inovadoras: os participantes devem apresentar uma solução para um problema que já esteja estruturada e exequível. ”.
1.200 toneladas de Calcário deixam de ser retiradas da natureza anualmente para a fabricação de Cal de Neutralização;
1.000 toneladas de CO2 deixam de ser lançados anualmente na atmosfera minimizando assim o efeito estufa;
2.000 toneladas de gesso tóxico contaminado deixam de ser lançados anualmente em aterros industriais;
60 toneladas de metais pesados são reciclados e reutilizados anualmente;
4.000 toneladas de acido sulfúrico a base de elementos minerais naturais deixam de ser fabricadas anualmente;
50.000 m³ de água passaram a ser recicladas e reutilizadas industrialmente todo ano.
9ª Edição do Prêmio Brasil Ambiental, na categoria Inovação Ambiental. O prêmio tem como objetivo prestigiar as melhores práticas empresariais na área de sustentabilidade em curso no País. A premiação realizada anualmente pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), por meio de seu Comitê de Meio Ambiente, anunciou os vencedores em setembro de 2013.
9º Edição do Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso da Água, na categoria micro e pequena empresa. A premiação teve como objetivo prestigiar boas práticas de uso eficiente de água que devem ser reconhecidas e difundidas. A iniciativa homenageia empresas que adotam medidas efetivas na redução do consumo e do desperdício de água, gerando benefícios ambientais, econômicos e sociais e aumentando a competitividade do setor. O prêmio foi uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A cerimônia de premiação aconteceu em março de 2014.
Comunidades de baixa renda.
Graças à iniciativa, Petrópolis já está entre os seletos municípios com mais de 70% de esgotos tratados. Com isso, a cada R$ 1,00 investido em saneamento, são economizados R$ 4,00, que seriam gastos com doenças provocadas por veiculação hídrica. Há, ainda, o reaproveitamento energético. A biomassa concentrada, tanto no biodigestor quanto nas áreas de reciclagem, permite a produção de biogás utilizado como energia alternativa para cozinhar os alimentos. A comunidade também se beneficiou com a geração de emprego e renda. Surgiram novas frentes de trabalho, como reciclagem, cultivos integrados, criação de peixes e aves. Outro fator importante é o engajamento comunitário que promove a limpeza e a integração paisagística. Além disso, o projeto tem potencial multiplicador, uma vez que continua a despertar o interesse da mídia, sendo apresentado em seminários e congressos nacionais e internacionais.
O trabalho desenvolvido integrou alunos, escola e comunidade, formando uma consciência mútua para preservação do ambiente onde vivem. A partir do projeto, educadores, educandos e sociedade alinhavaram um projeto desafiador, ultrapassando os
limites didáticos dos muros da escola. Graças às parcerias, foram construídas novas ideias. O ensino em sala de aula é complementado com discussões sobre o tema
em estudo, favorecendo a percepção das relações entre as disciplinas e buscando soluções para os desafios. Outro resultado significativo foi a valorização do aluno, elevando sua autoestima. Houve enriquecimento nas redações, ampliação do conhecimento, aumento da leitura, melhor compreensão de problemas matemáticos, além da promoção de maior concentração. O corpo docente também se revelou mais colaborativo. A comprovação do resultado pode ser medida comparando-se as turmas que participaram do projeto com aquelas que não fizeram parte da
proposta pedagógica.
Agricultores familiares.
água do Aquífero Jandaíra
Nascentes dos afluentes do rio Doce.
Bacia Hidrográfica do Rio Formoso
O projeto foi criado, inicialmente, para identificar fontes e minas d’água no contexto da bacia hidrográfica do Guandu/RJ e para avaliação das condições ambientais do entorno desses mananciais. A partir do diagnóstico ambiental e sanitário, buscou-se desenvolver propostas de mitigação dos problemas para três minas de cada município, escolhidas mediante o grau de importância por conta do uso pelas comunidades locais.
Foram cadastradas 183 nascentes na bacia do ribeirão Arrudas e 172 na bacia do ribeirão Onça, das quais 60 foram selecionadas para receber um plano de ação de revitalização. Além disso, foi feito o cadastramento dos cuidadores de cada uma das nascentes e um intenso trabalho de sensibilização, educação ambiental e comunicação junto às comunidades. Futuramente, está prevista uma segunda etapa do projeto para a implementação das ações vislumbradas nos planos de ação.
bacias hidrográficas dos ribeirões Arrudas e Onça
Foram cadastradas 183 nascentes na bacia do ribeirão Arrudas e 172 na bacia do ribeirão Onça, das quais 60 foram selecionadas para receber um plano de ação de revitalização. Além disso, foi feito o cadastramento dos cuidadores de cada uma das nascentes e um intenso trabalho de sensibilização, educação ambiental e comunicação junto às comunidades. Futuramente, está prevista uma segunda etapa do projeto para a implementação das ações vislumbradas nos planos de ação.
bacias hidrográficas dos ribeirões Arrudas e Onça
Comunidades ribeirinhas.
Famílias que utilizam água armazenada em cisternas para consumo humano.
O projeto de educação ambiental Pingo d’Água visa a conscientizar professores e alunos do quarto ano do ensino fundamental para proteção e recuperação do ecossistema da bacia do rio Tibagi.
Esses reservatórios beneficiaram 2.299.45 pessoas, em 1.134 municípios do Semiárido legal.